Então já dá para imaginar o que vem por aí, não é?
Sandy começou a trabalhar nos conceitos dois anos antes de a fotografia principal começar. Segundo conta, ela se baseou no século 19 por ser um período cheio de fábulas. Mas não foi só aí que se baseou...
Como teve liberdade de criação, pode fazer com que alguns personagens pudessem sair dessa linha temporal e suas vestimentas tiveram inspiração nos anos 1940, por exemplo.
Em uma das muitas entrevistas que deu na Inglaterra, seu país de origem, Sandy Powell revelou que o vestido principal de Cinderela deu realmente muito trabalho. Ela nunca passou tanto tempo em um traje como com o vestido de Cinderela.
Tudo porque ele tinha de ser espetacular, mas sem tantos adornos, sem excesso de brilhos, pedrarias, joias, penduricalhos, tiaras e milhões de coisas. A ideia é que Cinderela deveria se destacar e seu vestido ser o mais bonito, mas não poderia ser mais bonito quanto a princesa.
Sandy usa a palavra "simples" para o vestido, mas simples não acho que seja exato. O traje de Cinderela compõe com ela o espírito de bondade e gentileza que o diretor quer transmitir. “Nós todos queremos acreditar que a bondade e a gentileza vão triunfar no final”, diz Allison Shearmur, que produz o filme junto com Simon Kinberg e David Barron, além do produtor-executivo, Tim Lewis.
Para conseguir o efeito que queria, Sandy Powell usou um azul claro no vestido do baile. Em sua confecção foram usados mais de 250 metros de tecido e de 10 mil cristais Swarovski, inúmeras anáguas e mais de 5 quilômetros (!!) de costura.
Um fato curioso e pouco divulgado é que, para dar conta de todo o tempo e processo das filmagens, foram necessários 9 vestidos.
Na gola do vestido, borboletas foram aplicadas, trazendo um dos elementos do traje original, de 1950. A cor azul da roupa principal e a cor rosa do vestido que foi rasgado também são as mesmas da animação antiga.
Já a Fada Madrinha vivida por Helena Bonham-Carter ganhou um dos vestidos mais luxuosos do filme. Cheio de brilho, ele tem 400 lâmpadas de LED, precisou de quase 120 metros de tecido e milhares de cristais Swarovski. Quando usado pela atriz, o vestido chegava a mais de 1,2 metro de largura!
A vilã do filme, a Madrasta Má, interpretada por Cate Blanchett, tem o maior guarda-roupa. Maior e apropriado para lhe dar aquele ar de poder e superioridade que toda vilã precisa ter.
Não faltam nele um vestido que mescla preto e verde brilhante. Há outro preto com dourado com flores aplicadas ou bordadas sobressaindo tanto na parte superior quanto na barra da longa saia, mais um chapéu com véu de poá para arrematar a produção.
Em outras cenas temos a madrasta com um traje com estampa de animal print extremamente fina e, ainda, vestido de seda em tom pistache e muitas joias. Mais? Também tem outra peça com tom sóbrio, em preto e marsala, com aplicação de flores e detalhes vazados na manga comprida do vestido. Uma vilã rica, fina, elegante e muito má.
O vestido do baile da madrasta má tem uma força arrebatadora com seus drapeados e curvas, sua gola posterior, a pena alta aplicada no cabelo que aumenta a estatura, o contraste do verde do vestido com o cabelo ruivo, as luvas douradas e a composição com as joias.
As enteadas Anastasia e Drisella sempre se vestem iguais, mas com cores diferentes, exatamente como na versão original da animação de 1950.
Os outros dois trajes de Cinderela são o vestido usado no dia a dia da casa, que é simples e mantém o azul da pureza e bondade. Aparece também o primeiro vestido que ela deveria usar para ir ao baile, um rosa, com mangas bufantes, que pertencia à mãe e foi rasgado pela madrasta.
Existem vários outros personagens e cada um tem seu figurino pensado e elaborado personalizados. Sem mencionar o sapatinho de cristal, que foi feito mesmo em cristal Swarovski e existe de verdade. Porém, a figurinista Sandy Powell explica que não dá para andar com eles. É só no filme, ok?!
O Príncipe? Com esses olhos e esse sorriso... sério que você se importa com o que ele está vestindo?
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